Vício Secreto


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Era um dia de domingo, e como rotina, o garoto de dezesseis anos de idade perdia a noção cada vez que saía com alguns amigos. Com essa idade acreditava que já estava desenvolvido o suficiente para ser um homem. Achava que, pelo fato de sair de casa, encontrá-los e começar a beber, ele podia mandar em seu próprio nariz.
O garoto era imaturo demais para saber o quanto isso iria fazer mal para sua vida e também tinha pouco tempo para pensar sobre isso.
Quando começamos a nos envolver com alguma coisa e não conseguimos nos livrar dela, não temos consciência do que fazemos e realmente prescisamos de ajuda.
Esse garoto precisava de ajuda, ele ainda estava no começo do caminho e tinha que escolher entre dois rumos a seguir. Um deles era o qual ele estava entrando, esse rumo era cheio de porcarias e coisas insignificantes, que não acrescentam em nada na vida dele. No outro caminho, era o qual ele devia seguir, era um caminho bom, era o qual seus pais sempre sonharam pra ele, era cheio de prazeres.
Ele estava enganado, aqueles amigos na realidade eram colegas, e os verdadeiros amigos que sempre ficam do nosso lado na nossa vida, que são nossos pais. Amigo que é amigo permanece, amigo não é aquele que ri contigo quando estão em uma roda de conversa.
A verdade sempre aparece e sua máscara irá cair e este garoto que na visão dos pais era inofensivo, terá uma imagem suja e uma mente perigosa. Seus colegas erão se afastgar e ele irá pedir ajuda para seus amigos, ou seja, seus pais.
Em alguns mundos adolescentes, alguns não aprenderam a ter limite. Ninguém sabe o sentimento de tristeza que os pais sentem ao saberem que o filho não estava no caminho certo. E alguns não sabem o quanto eles se esforçam para que tudo ocorra bem. Eles ajudam mesmo sabendo que o filho errou, eles amam, eles são pais.

(Vivian Fernanda)

A voz do corpo


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"Porque você faz isso comigo, porque você não vê através de mim?"
(Avril Lavigne)

Como se ela não tivesse suportado sentir o que sentira, desviou subtamente e olhou uma árvore. Seus olhos não resistiam aos movimentos dele que estava à sua esquerda, seu coração batia fortemente acelerado, andava rápido para que pudesse sair logo dali, na realidade o que ela mais queria era estar ali, nos braços dele. Não podia. Seu interior estava oco
, toda vontade reprimida começou a despertar. É estranho gritar entre vários rostos e só ouvir o som do seu próprio silêncio. Não precisava de palavras, somente um simples olhar, para que pudesse passar tudo outra vez na mente dela.
Ela podia senti-lo perto de si, mesmo estando muito distante, em dois mundos totalmente diferentes. Ela precisava dele. Ela precisava só dele. Agora.


"Não há nada que eu poderia dizer pra você, nada que eu poderia fazer para te fazer enxergar, o que você significa pra mim" (Avril Lavigne)

(Vivian Fernanda)

Para a menina que não acreditava em amor


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Ela não sabia se era uma boa hora para arriscar, pois engolia as palavras toda vez que tentava falar com ele, não era por querer, era impulso. Por fora ficava sempre corada e tentava parecer calma, por dentro seu coração batia fortemente acelerado.

Achava que o silêncio era seu melhor amigo, pois não tinha coragem de dizer-lhe porque seu coração batia tão forte ao vê-lo caminhar na sua frente. Ficava tão boba, tentava disfarçar, mas seus olhos só caminhavam em uma direção, ou seja, só ele a anestesiava.
Era daquelas que não parece ser o que sente, tentava esconder o máximo possível para não tentar parecer ser "frágil".
Mesmo que ela não queira o amor nos muda. E o amor está ocupando todos os espaços de sua mente, só ela não vê, pois ela acredita que o amor é para idiotas, bobões... Ela ainda não parou pra pensar que seus pais se amam, então eles são idiotas? Quem não é correspondido, ou sente que não é correspondido acha que o amor é para fracos.
Afinal, ela é apenas uma garota que está rascunhando grandes sonhos. E sua história ainda está sendo pincelada, então não se sabe se o seu futuro será como um dia de sol ou como um dia sonolento de chuva. Espero que seja de sol, pois dias de chuva são tão sem vida, tão sem cor, tristes ou chatos. Por enquanto estou na arquibancada, torcendo que ela faça a coisa certa, pois só ela tem o poder das palavras doces e calmas agora.

(Vivian Fernanda)

Não mais.


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Cláudia era uma menina excepcional nas suas notas escolares, era carinhosa com a família e atenciosa com os amigos.
Ela tinha como melhor amiga Helena. Por maior que fosse suas diferenças, Cláudia mantia uma amizade forte. Com o passar do tempo, essa amizade começou a se desgastar. Helena tinha ciúmes de Cláudia, era só a amiga conversar com um amigo dela que Helena começava a achar que estava sendo "rejeitada". Era coisa da cabeça dela, não tinha sentido nenhum.

Chegou uma hora que Cláudia não aguentou. Estourou a paciência, e disse a Helena que não aguentava mais manter uma amizade tão cheia de posses.
- Não assinei nenhum contrato que determinava eu ser sua, que impedia de falar com meus outros amigos sem sua permissão e que deixasse você querer ser como eu. Cada um tem seu jeito, sua forma de pensar, você é você, eu sou eu, mas parece que você não se contém em ser você. Acha que tudo o que eu faço e falo é perfeito.
Helena engoliu o choro, se sentiu uma ninguém naquele momento pois achava que era só Cláudia que a apoiava na vida, pois seus pais moravam longe e tinha que cuidar da irmã mais nova. Era uma garota frágil e cheia de complexidades.
Agora Helena está se enturmando mais e tentando se descobrir. Pois agora sabe que para ser feliz é necessário estar se sentindo bem e fazer o que gosta.

(Vivian Fernanda)