Anestesias da alma


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A culpa é minha de tentar eternizar tudo. Olho para trás e sinto tudo novamente. O tempo só carrega lembranças e hoje um nó se instala na minha gargante que só chega para avisar que tudo mudou, que não posso viver do passado e que vivo por palavras e frases constantes que anestesiam a memória.
Mas a vida me ensinou a sorrir, e hoje a tristeza não é bem vinda. Aprendi a olhar para frente e tornar as coisas a minha volta um lugar repleto de coisas boas e também de novas amizades, por isso sobrevivo, pois ninguém vive sozinho.  

(Vivian Fernanda)